Ódios



Eu não compreendi quando me disseram
o quão era bela.
Essa tal de guerra,
está mais pra uma praga na Terra.

Ouvi o choro de uma criança;
Duas, três, mil.
Elas aguardavam a morte.
Já não havia esperança.

É o que a guerra traz.
Sujeira, sangue, destruição.
É só o que transmite ao coração.

É o que ela faz.
Causa morte, tristeza e desumanização.
Essa é a herança que a guerra deixou pra nação.


#Resenha - Cartas de Amor aos Mortos


Sinopse:Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
Laurel é uma adolescente amável, compreensiva e um pouco ingênua, que no ensino médio resolve ir para uma escola diferente da que seus amigos do colégio antigo foram, o Sandia, por um único motivo: Não queria que ninguém dessa escola, que conhecia sua falecida irmã, May, sentisse pena ou fizesse perguntas sobre sua morte.

Na nova escola, sua professora de inglês manda que os alunos escrevam cartas para pessoas que já se foram, seja para fazer perguntas, ou comentários, ou mesmo conversar. Laurel escreve sua primeira carta ao ídolo de May, Kurt Cobain, e conta como tem sido sua primeira semana de aula, além disso, pergunta a Kurt onde está e o motivo de seu suicídio. Claro que a carta nunca chegaria a ele, mas deveria ser entregue à professora, coisa que Laurel não fez, pois usou a lição de casa como forma de desabafo, e como depositou ali coisas pessoais, resolveu que não entregaria suas cartas para ela.

Além de conviver com a morte da irmã, Laurel tem que conviver com a separação de seus pais, o que torna tudo um pouco mais complicado. Mas é claro que, em meio a tantos aspectos nada agradáveis, surgem outros que tornam tudo mais ameno.



Hannah e Natalie são duas garotas que fazem amizade com Laurel. A amizade fica tão intensa, que acabam compartilhando vários segredos, que, infelizmente (ou felizmente?), são descobertos no final pelo restante das pessoas. Outro personagem que aparece é Sky ( ), um garoto misterioso, inseguro e com a vida complicada como a de Laurel, que faz com que ela imediatamente se apaixone.

De certa forma, Laurel sempre viveu à sombra da irmã. Cautelosa, observava como May era linda e tinha sede de viver. Laurel acreditava que nunca seria tão brilhante e perfeita quanto May, mas no decorrer do livro, de acordo com seu amadurecimento, vai percebendo que sua irmã não era tão perfeita quanto demonstrava ser.

Antes de morrer, May frequentava festas, exagerava no consumo álcool e fazia loucuras que colocavam sua vida em risco. Além disso, namorava um homem mais velho escondida de seus pais, que sempre acharam que ela estava levando Laurel para o cinema, quando na verdade, estava deixando Laurel com um amigo de seu namorado, que a molestava, enquanto estava em um outro lugar com o namorado. Laurel sabia, apesar de nova, que aquilo não estava certo, mas nunca culpou a irmã e nem contou a ninguém, porque temia que ela ficasse com raiva e fosse castigada por seus pais.

O amor e admiração de Laurel pela irmã são tão grandes, que ela acaba agindo da forma como a irmã agia, mesmo entendendo que para viver melhor e esquecer tudo o que aconteceu, precisa ser ela mesma.

 

Cartas de Amor aos Mortos é todo escrito em formato de cartas, que contam tudo o que acontece, em uma ordem cronológica incrível e nada cansativa. Além de tratar de assuntos polêmicos, como sexualidade, álcool e drogas, de uma forma bem leve (o que achei maravilhoso), tem muitos outros pontos positivos.



Um ponto forte, que eu não pude deixar de notar, é que a autora escreve de uma forma muito bonita e profunda, como se fosse poesia. O livro todo é muito intenso e verdadeiro; Laurel expressa tudo de uma forma perfeita, sem ficar meloso.

Outra coisa legal, é que a autora cita várias músicas que se encaixam com a situação de cada carta. Foi maravilhoso porque fui conhecendo músicas novas e relembrando as que já conhecia.

A capa (que capa linda, me apaixonei quando vi!), favoreceu bastante o livro, juntamente com margem e espaçamentos, que são perfeitos. É uma leitura prazerosa e tranquila, que nos faz pensar bastante. 


Como não poderia ser diferente, acabei me apaixonando por essa obra e por todos os seus detalhes. Meu Conselho é um só: Leiam.

                                           ISBN: 9788565765411
                                           Tradutor: Alyne Azuma
                                           Autora: Ava Dellaira
                                           Lançamento: 05 de Julho
                                           Ano: 2014
                                           Páginas: 344
                                           Editora: Seguinte
                                           Especificação: Brochura