Água

  Quem aqui não gosta de tomar um bom banho e beber uma água bem gelada, depois de um longo e cansativo dia? Todos gostam. Triste seria chegar em casa e não ter água, nem para beber, nem para tomar banho.
     Uma pessoa qualquer, obviamente sem nenhuma ou pouca instrução vê, por exemplo, uma fotografia de nosso planeta, e pensa: "Ahh, quanta água, claro que não vai acabar. Asneira da mídia"; Infelizmente, mesmo sendo um assunto tão discutido, pouco se faz. As pessoas não acordam pro que está acontecendo, ou melhor, pro que irá acontecer.
      Todos sabem que a água é um bem esgotável. Apenas 0,02% dela está disponível em lagos e rios que abastecem as cidades e pode ser consumida. Desse restrito percentual, uma grande parcela encontra-se poluída, diminuindo ainda mais as reservas disponíveis. O que mais me irrita é: Se todos tem consciência do que há de vir, por quê poucas pessoas tomam alguma atitude? Muitos falam, falam... falam mais um pouco. Mas nada fazem. É extremamente irritante.
      A população mundial está crescendo, e aí? Vai ter o suficiente para todos? Creio que não.
    Cansei de discutir isso com quem está ao meu redor. Tem quem faça alguma coisa em relação a isso? Tem. Mas grande parte não se importa, ou simplesmente, prefere aproveitar o "agora". Não é "só" a água potável. Não se trata "só" da crise hídrica. Aos espertos que insistem em gastar o máximo de água possível por dia, porque querem aproveitar enquanto tem água para eles, mas não se importam com as gerações seguintes, sinto em ter que lembrar que a vida no planeta Terra só é possível graças à água. 
     Incrível quão egoísta é o ser humano; só tenho a lamentar. Só aprenderemos quando já não houver água. Quando não existir mais vida. Aí sim, tenho certeza de que todos vão querer fazer algo. Pena que já será bem tarde para isso.
Tirinha de Quadrinhos Ácidos, página que, por sinal, amo. 

Ódios



Eu não compreendi quando me disseram
o quão era bela.
Essa tal de guerra,
está mais pra uma praga na Terra.

Ouvi o choro de uma criança;
Duas, três, mil.
Elas aguardavam a morte.
Já não havia esperança.

É o que a guerra traz.
Sujeira, sangue, destruição.
É só o que transmite ao coração.

É o que ela faz.
Causa morte, tristeza e desumanização.
Essa é a herança que a guerra deixou pra nação.


#Resenha - Cartas de Amor aos Mortos


Sinopse:Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
Laurel é uma adolescente amável, compreensiva e um pouco ingênua, que no ensino médio resolve ir para uma escola diferente da que seus amigos do colégio antigo foram, o Sandia, por um único motivo: Não queria que ninguém dessa escola, que conhecia sua falecida irmã, May, sentisse pena ou fizesse perguntas sobre sua morte.

Na nova escola, sua professora de inglês manda que os alunos escrevam cartas para pessoas que já se foram, seja para fazer perguntas, ou comentários, ou mesmo conversar. Laurel escreve sua primeira carta ao ídolo de May, Kurt Cobain, e conta como tem sido sua primeira semana de aula, além disso, pergunta a Kurt onde está e o motivo de seu suicídio. Claro que a carta nunca chegaria a ele, mas deveria ser entregue à professora, coisa que Laurel não fez, pois usou a lição de casa como forma de desabafo, e como depositou ali coisas pessoais, resolveu que não entregaria suas cartas para ela.

Além de conviver com a morte da irmã, Laurel tem que conviver com a separação de seus pais, o que torna tudo um pouco mais complicado. Mas é claro que, em meio a tantos aspectos nada agradáveis, surgem outros que tornam tudo mais ameno.



Hannah e Natalie são duas garotas que fazem amizade com Laurel. A amizade fica tão intensa, que acabam compartilhando vários segredos, que, infelizmente (ou felizmente?), são descobertos no final pelo restante das pessoas. Outro personagem que aparece é Sky ( ), um garoto misterioso, inseguro e com a vida complicada como a de Laurel, que faz com que ela imediatamente se apaixone.

De certa forma, Laurel sempre viveu à sombra da irmã. Cautelosa, observava como May era linda e tinha sede de viver. Laurel acreditava que nunca seria tão brilhante e perfeita quanto May, mas no decorrer do livro, de acordo com seu amadurecimento, vai percebendo que sua irmã não era tão perfeita quanto demonstrava ser.

Antes de morrer, May frequentava festas, exagerava no consumo álcool e fazia loucuras que colocavam sua vida em risco. Além disso, namorava um homem mais velho escondida de seus pais, que sempre acharam que ela estava levando Laurel para o cinema, quando na verdade, estava deixando Laurel com um amigo de seu namorado, que a molestava, enquanto estava em um outro lugar com o namorado. Laurel sabia, apesar de nova, que aquilo não estava certo, mas nunca culpou a irmã e nem contou a ninguém, porque temia que ela ficasse com raiva e fosse castigada por seus pais.

O amor e admiração de Laurel pela irmã são tão grandes, que ela acaba agindo da forma como a irmã agia, mesmo entendendo que para viver melhor e esquecer tudo o que aconteceu, precisa ser ela mesma.

 

Cartas de Amor aos Mortos é todo escrito em formato de cartas, que contam tudo o que acontece, em uma ordem cronológica incrível e nada cansativa. Além de tratar de assuntos polêmicos, como sexualidade, álcool e drogas, de uma forma bem leve (o que achei maravilhoso), tem muitos outros pontos positivos.



Um ponto forte, que eu não pude deixar de notar, é que a autora escreve de uma forma muito bonita e profunda, como se fosse poesia. O livro todo é muito intenso e verdadeiro; Laurel expressa tudo de uma forma perfeita, sem ficar meloso.

Outra coisa legal, é que a autora cita várias músicas que se encaixam com a situação de cada carta. Foi maravilhoso porque fui conhecendo músicas novas e relembrando as que já conhecia.

A capa (que capa linda, me apaixonei quando vi!), favoreceu bastante o livro, juntamente com margem e espaçamentos, que são perfeitos. É uma leitura prazerosa e tranquila, que nos faz pensar bastante. 


Como não poderia ser diferente, acabei me apaixonando por essa obra e por todos os seus detalhes. Meu Conselho é um só: Leiam.

                                           ISBN: 9788565765411
                                           Tradutor: Alyne Azuma
                                           Autora: Ava Dellaira
                                           Lançamento: 05 de Julho
                                           Ano: 2014
                                           Páginas: 344
                                           Editora: Seguinte
                                           Especificação: Brochura

Superioridade literária

       
       Ontem de manhã eu estava fazendo prova de português e literatura. Provas assim sempre me fazem lembrar sobre livros, e como ontem acabei a prova faltando uma hora pra ser liberada (UMA HORA esperando, sem poder fazer nada, que entediante!), comecei a pensar em como as pessoas, de todas as idades, gostam de gêneros diferentes e se consideram superiores por gostar de gênero X. Pensei tanto, que acabei escrevendo um texto enorme na parte de trás da prova, porque acho que me expresso melhor com palavras escritas e não faladas.
       Bom, todos sabemos que há quem goste de romance, e quem não goste. Há quem prefira ler biografias; Outros já tem uma afinidade maior por ficções...Mas a questão é: Existe algum gênero superior? E se existe, o que o faz superior e por quê?
       Outro dia me disseram que eu não tinha um bom gosto, porque estava lendo um romance e que romances são coisas de garotinha e que era muito cheio de "mimimi", acho até que foi por isso que acabei pensando nesse assunto ao término da prova, porque discordei no mesmo momento do que ouvi, mas fiquei ali, calada.
      Eu não acredito na existência dessa superioridade. Se você pergunta a uma pessoa que gosta de romances qual o melhor gênero, ela responderá toda feliz: "ROMANCE, CLARO". Mas se você pergunta, sei lá, a um historiador, ele responderá algo que possua conteúdo histórico ou filosófico. Então, como chegar a uma conclusão, se cada pessoa tem uma resposta diferente? 
       Certa vez me disseram que os livros de David Levithan não prestavam, perguntei então, se já tinha lido algum livro dele e a pessoa me disse que não. Claro que fiquei muito alterada com aquilo, com aquela afirmação sem provas. Parece que virou moda falar mal de um livro que nunca se leu, virou moda dizer que um autor é melhor que o restante, mesmo não tendo lido livros de todos os autores. E quando me dizem que tenho que ler coisas melhores, que o que leio não tem conteúdo e que deveria ser como essa pessoa que me disse isso, fico sem palavras pra expressar o meu desprezo por quem demonstra tanta prepotência. 
       "Ah, mas eu li livros sobre Karl Marx, eles tem conteúdo, não sei por que tem gente que lê gênero X, que não contém informação, meus livros têm uma linguagem muito inteligente, são obras eruditas e..." E? E aí? Eu realmente gostaria de saber quem colocou essas ideias na cabeça desse sujeito. Não que eu não goste de livros que falam sobre os princípios filosóficos de Karl Marx, mas valorizo a importância de saber por que queremos arranjar motivos pra dizer que somos superiores, por que pensamos de forma tão ignorante, a ponto de nos achar superiores porque gostamos das peças de Shakespeare e não dos livros do John Green. E se tivermos uma ideia errada sobre o que é uma obra erudita? Por que dizemos que as peças de Shakespeare são eruditas? Quem nos disse o que é erudição? 
       Acho que eu não preciso acreditar em quem me diz que não devo ler o que gosto de ler porque não é inteligente o suficiente, não preciso acreditar que vou ser mais ou menos inteligente se souber os princípios de Marx, porque não é verdade. Não precisamos aceitar ideias que não são nossas, só porque nos disseram que são as ideias corretas. Para os corajosos que chegaram até aqui, eu só queria deixar claro que essa coisa de "AH, sou melhor que você porque estou lendo livro X e você deve fazer o que eu faço se quiser ser bom o suficiente" não existe. Cada um tem seu gosto e opinião nenhuma irá mudar isso.